"Por que será que um "ex" vai e volta, vem e vai,  volta e vem, enfim, dá mais voltas do que um ioiô em manobras radicais?  
 Primeiro,o  óbvio: um homem vem porque você tem algo  que ele deseja. E vai, porque  saciou o desejo. Ele vem, porque você deixa. E  vai, porque você não  consegue prendê-lo. Ele vem, porque talvez não tenha outra  opção. E  vai, porque talvez tenha. Ele vem, porque você diz "sim" quando deveria   dizer "não". E vai, porque você diz "não" quando ele quer que você diga  "sim".  Está confuso? Vai ficar mais ainda. Um homem só insiste em vir  quando não tem  absoluta certeza de que você quer que ele venha. E só  vai quando a  certeza de  que você quer que ele nunca mais saia da sua  vida se instala em todos os poros  dele. Um homem sempre volta, porque  tanto faz ele vir: na ótica dele, está  sempre indo. 
Quando me  deparo com um homem ioiô, a pergunta que  menos faço é "por que ele  voltou?". Pergunto "por que eu quero que ele volte?".  Às vezes a  carência pode inverter o que é realmente importante: o que você tira  de  bom no relacionamento. Quando alguém está comigo, a última coisa que   questiono é porque essa pessoa me quer. Absolutamente, não me interessa.  O que me  interessa é o meu umbigo, ou seja, por que eu quero essa  pessoa. O que ela tem  que me atrai, que me encanta, que me fascina, que  me dá vontade de engoli-la por  inteiro. O que eu sou, eu sei. O que o  outro enxerga que sou, bem, isso é  problema dele. O que eu tenho para  oferecer todo mundo sabe e, se não sabe,  quando estiver comigo ficará  sabendo.  
Por  que um homem vem e vai? Por esses dois motivos.  Ele vem, porque sabe o  que você tem para oferecer. E vai, porque não sabe o que  as outras  têm. E quer conferir. Minha dica? Tente ser as duas coisas:   transparência e mistério. Mas não esqueça, antes de tudo, seja você  mesma.  
Mas,  digamos que você esteja apaixonada e não  consiga raciocinar direito.  Ou que sua auto-estima não seja lá essas coisas e  esteja no pé. Ou,  ainda, que sua fissura no outro esteja fazendo você se  esquecer do  quanto é maravilhosa. Em outra perspectiva, se está se sentindo   diminuída ou usada, porque o cara vem e vai quando quer e você está  sempre ali,  receptiva, mas não consegue dizer não a ele, porque a  química entre vocês é  bárbara; ou porque adora o cheiro dele; ou porque  construiu muitos sonhos que a  realidade provou serem pesadelos, mas  você não consegue aceitar; ou porque nem  sabe o porquê, é simples: mude  o enfoque. Saia da posição passiva e assuma as  rédeas.  
Diga  não algumas vezes para o seu ibope subir e ele  sentir quem está no  comando. Não diga "nãos" categóricos, claro, mas aquelas  negativas com  vozinha de lamento, do tipo "Ah, que coisa, hoje não vou poder,  tenho  outro compromisso, mas te ligo". Deixe ele ligar uma segunda vez e  aceite.  Quando estiver próximo da hora do encontro, cancele: "Nossa, só  tem hora no meu  massagista para hoje e eu não seria uma boa companhia  sem massagem". É claro que  ele vai oferecer massagem e muito, muito  mais. Bom começo. Ao fazê-lo oferecer  coisas, você baixa a bola dele:  só ele já não basta, é preciso que se esforce em  te agradar.  
Um  dos esportes que melhor define um homem, na  minha opinião, é a corrida  com obstáculos. Os obstáculos são todos iguais, da  mesma altura. A  técnica de pular é sempre a mesma. A força do impulso, idem. O  que me  fascina? Eles não desistem. Os homens ioiô são como atletas desse tipo.   Eles querem superar a todos e a si próprios Se você colocar obstáculos  aos homens,  eles vão querer pulá-los. E que venham os próximos. Eles  querem cruzar a linha de  chegada e, se você for sempre igual e  previsível, não vai ter graça. Você tem que  ser autêntica, mas com  graus de dificuldade. Dê uma rasteira no orgulho dele,  pareça maior  quando ele tentar saltar sobre você. Isso o enerva e fascina. Ele  vai  cair no chão, recolocar-se no lugar e tentar mais uma vez. Vai se  adeqüar à  sua altura, aos seus moldes. Mantenha-se firme, de pé. Se ele  derrubar você,  quem perde os pontos é ele. Como no ioiô, jogue ele pra  longe. Se ele voltar,  foi você quem puxou."
(A autora é  Verônica Volúpia. Ela define com muita clareza um tipo de  homem muito comum, com  o qual várias mulheres já se depararam algum  dia.)

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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