Olhando a imagem acima, estive tentando encontrar algo 
que me ajudasse a traduzir o que vejo e 
de que modo o que está diante de mim ecoa 
aqui em meu ser. 
Não encontrei palavras prontas... 
Nem Drummond me auxiliou com o não-dito. 
Me sinto dentro do desenho. 
Estou imagem, é isso! Eu imagem. 
Conteúdo transbordando no imagético.
E esses balões se irmanam com o meu anseio de ir além, 
de subir alto, sem esquecer-me da condição de 
humana limitada,  do cinza que me rodeia, 
mas não vence a cor vibrante que mora dentro. 
Dentro. É lá que tenho guardado, porém não escondido, 
meu coração, esse mar de vontades, caprichos e exigências.
Aproveito o instante para queixar-me dele: queria um coração duro, 
forte, não-iludível, matemático talvez. 
Pra quê preciso de tantos sonhos, tantas luas, 
tantas histórias que conto todos 
os dias antes da chegada do sono?
Parar de querer, deixar de saber é perder a 
essência de correr atrás de mim? 
E depois de encontrado o delírio do real, 
será momento de fazer o quê?
Ai, não sei! 
Ainda continuo me encantando com os balões... 
Ainda quero voar! 
Minha condição de mulher, 
de dona do vestido encorpado, da meia-arrastão 
rompendo a pura delicadeza, é mais que o tentar fugir. 
O meu mundo permanece e ele está aí, 
impresso em mim, no balé dos meus planos, 
no sorriso feito para esquecer o medo. 
(Este post foi coipiado do blog "Letra e Luz" de Daniele Ribeiro.)
O blog é lindo... confiram
 http://letrabydani.blogspot.com/
 
Um comentário:
Gratidão pela postagem. Fico feliz por ver uma postagem tão minha, tão íntima,adquirir significado para outra pessoa.Beijo grande. Feliz 2011!
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Fico "Tão" feliz quando recebo um comentario... E então, vai sair sem comentar?!?!?